domingo, 24 de abril de 2011

NUNCA MAIS...

Te vi, te senti tão diferente
Com olhar deprimente
De repente...
Quando já estávamos ausente...

Alguém me falou calmamente
O perdemos de repente
O coração se bate
Quase parte, capota

Ao saber...
Que você
Nos deixou
Lentamente

Aquela água escura
Levou você friamente
Nem perguntou se queria
Ver você novamente

N a hora da despedida
Seu corpo estava presente
Envolto em branco linho
Mas, sua alma já seguia em frente

Seu último movimento
Seu corpo frio gravou
Como se novamente, presente...
Alguém te falou: - O filme acabou...

A gente pensa, reflete e medidta
Mas já não acredita
De ter que viver
Sem você totalmente

Ao visitar a sepultura...
Sei que parece louura
Mas imagino "Você"
Falando com doçura

Que está sendo tortura
Viver completamente
Nessa vida
Escura.

Ana Claudia Betim

ANA CLAUDIA

A mo a vida como ela é
N ão gosto das coisas erradas.
A mor carinho e ternura

C anto a vida de mulher
L a no alto da colina
A ntes do amanhecer
U m dia vou sozinha à igreja
D ou graças de viver
I nicia uma nova vida
A onde a gente vai

B em longe daqui
E u gosto de você querida
T enho muito que fazer
I luminando nossa vida
M eus dias ei de vencer

escrita por minha Mãe: JACY

FANATISMO

POEMA DE FLORBELA ESPANCA, MUSICADO POR FAGNER.

FANATISMO

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!..."

EU

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e deusa sorte
Sou a crucificada... a dolorida

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca me encontrou!

FLORBELA ESPANCA