domingo, 21 de março de 2010

Vento Uivante

BALADA DE EMILY BRONTË

No Morro do Vento Uivante
o vento passa uivando...

No Morro do Vento Uivante
há um velho casarão sombrio
cheio de salas vazias
e corredores vazios...
A noite tôda uma porta
geme agoniadamente.
Pelas vidraças partidas
silvam longos assobios,
no ar de abandono e mêdo
passam bruscos arrepios...

No Morro do Vento Uivante
o vento passa...
Emily Brontë
Não pares a história... Conta!
conta, conta, conta!

Dá-me outra vez aquêle mêdo
que encheu minha infância morta,
de sonhos e de arrepios...

No Morro do Vento Uivante

Depois que os anos passaram
como ficaram meus dia
vazios...vazios...

Tasso da Silveira